22 de outubro de 2011

Através do Universo

 

Palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de papel
Elas se mexem selvagemente enquanto deslizam pelo universo .
Piscinas de mágoas, ondas de alegrias estão passando por minha mente
Me possuindo e acariciando

Jai guru deva, Om.

Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo

Imagens de luzes quebradas que dançam na minha frente como milhões de olhos
Eles me chamam para ir pelo universo
Pensamentos se movem como um vento incansavel dentro de uma caixa de correio
Elas tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo universo

Jai guru deva, Om.


Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo

Sons de risos, sombras de amor estão tocando meus ouvidos abertos
Incitando e me convidando.
Ilimitado amor eterno, que brilha em minha volta como milhões de sóis,
E me chamam para ir pelo universo

Jai guru deva, Om.

Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo
Nada vai mudar meu mundo

Jai guru deva,
Jai guru deva,
Jai guru deva,
Jai guru deva,
Jai guru deva,
Jai guru deva...

Somos sós


Somos sós.  Muito sós. Maquiamos a solidão enchendo nossa sala de estar de amigos, preenchendo nossas agendas com números e mais números de contatos, para ligarmos, falarmos, marcarmos uma festa. Criamos amores, fazemos sexo, falamos e ouvimos problemas alheios. Preenchemos os nossos dias com paixões avassaladoras que ocupam nossa mente 24hs, seja por uma overdose de presença do ser em questão, seja por uma overdose de pensamentos direcionados para este mesmo ser. Tudo isso para fugir da irrefutável sentença de solidão que nos ronda. Comunicamos solidões. Perceba com aflição (ou não, espero eu) que tudo que você elabora dentro de si e tenta comunicar ao mundo, passará pela capacidade do receptor de compreender a sua mensagem, este receptor pode ir além e enxergar mais na transmissão da sua mensagem que de fato você quis expor, ou compreender mediocremente, ou apenas compreender à sua maneira. Mas cada compreensão é singular. É como se possuíssemos um tradutor interno, este tradutor interno é como nossa digital, único. Este tradutor, que faz a leitura do mundo que nos circunda, é construído a partir de nossas experiências, crenças, genética, cultura, espiritualidade...!
Estamos imersos numa profunda solidão, suas visões são únicas, qualquer tentativa de explica-las é frustrada. Após emitir sua mensagem, seja esta falada, escrita, corporal, não importa, esta passará pela leitura alheia e tomará a forma da interpretação do outro. Pense em ondas sonoras emitidas, ela sai de você, bate no seu semelhante e ecoa de maneira distinta.
Por isso a arte nos toca tanto, uma música, uma pintura, uma escultura... Porque toca em conteúdos internos que ali, exposta, parece dizer exatamente aquilo que queríamos.
A comunicação é uma das coisas mais incríveis do mundo, milhares de pessoas tentando se fazer entender e compreender o outro. Por isso, o ato de comunicar é delicado, precisa de doçura mas assertividade,  precisa de emoção mas também de lógica... Comunicar não escapa da necessidade do equilíbrio que em tudo há. E como tudo na vida, não há garantia de sucesso.
Comunicar-se não nos livra da solidão, mas é gostoso tentar ler o outro e tentar ser lida. Perceber como te percebem e às vezes se angustiar porque queria ser lida de outra maneira... Mas é a leitura do outro, e não o que é você. Somos sós... Mas se quiser, eu te ouço, a noite toda e vou tentar te entender... Uma eterna armadilha.

7 de outubro de 2011

Because


"Porque o mundo está girando, fico animado
Porque o mundo está girando.

Porque o vento está forte, enche a minha mente
Porque o vento está forte

O amor é velho, o amor é novo
O amor é tudo, o amor é você

Porque o ceu é azul, me faz chorar
Porque o céu é azul....aaaaaaaaahhhhhh"


Because- The Beatles

6 de outubro de 2011

Quem te frustou, o outro ou você?



Como quase todo ser humano que conheci, durante muitos anos eu não me sentia confortável com o sofrimento. Quando algo não saía como o desejado, quando alguém frustrava minhas expectativas eu reprisava o já conhecido ritual: Choro, mágoa, tristeza... E todo o resto dos ingredientes que compõe uma boa novela mexicana.
Até que descobri o obvio, ninguém, absolutamente NINGUÉM tem a obrigação de corresponder as minhas expectativas, pai, mãe, namorado (a), amigo (a)... Ninguém merece carregar o fardo da obrigação por nosso sorriso. 

As pessoas simplesmente agem, se comportam e você interpreta esses comportamentos segundo a sua ótica, e a sua ótica, perspectiva, dependerá de tudo que você já viveu, sentiu e passou, os livros que você leu, os sofrimentos que teve, as alegrias que sentiu... Compreende o quanto isso é subjetivo? Vou explanar melhor... Eu me chamo Emile Andrade, e durante o dia eu vou à rua, eu como, eu converso, eu vivo, e durante o dia eu mantenho contato com muita gente, cada uma dessas pessoas fará uma leitura diferente sobre quem sou eu, pois cada uma me sentirá de maneira distinta, pois cada indivíduo, como expliquei, enxerga o mundo de maneira singular.

 Então, a decepção, frustação, é uma ilusão. É uma leitura sobre alguém, que por algum motivo não é quem você gostaria que fosse, não possui as qualidades que você gostaria que possuísse (lembre-se, sempre segundo sua ótica), nunca enxergamos o outro de fato, enxergamos sempre a leitura que fazemos dele. Quando elogiamos alguém, quando criticamos o outro, quando julgamos outra pessoa... Estamos fazendo tudo isso com a limitação de quem somos, da leitura do outro que fizermos, do pouco que enxergamos. Até quem nós pensamos que somos é relativo, quem você acha que é, pode ser só sua leitura vaga sobre você mesmo. 
Devemos ser bons porque sentimos desejo de ser, assim como ter um comportamento baseado no desamor. Nunca devemos justificar os nossos atos por conta dos atos de terceiros (Aqui entra também o sofrimento, lágrimas que derramamos) porque “os atos dos outros” são as nossas leituras...
Não que não existam más e boas pessoas, elas existem... Mas o que é mau para Ciclano é mau para fulano?... Mas aí, já é outro prefácio.